Publicado em
Escrito por @Heitor Castro Rodrigues De Moura
Ó Belíssima flor
A esmo encontro-me
Debruçado em teus braços
Convivendo com a incerteza
Da firmeza de nossos laços
Seriam eles, pois,
Assim tão tenazes?
Mesmo que depois
Se mostrem atrozmente incapazes?
Destarte, inepto, ora,
Jaz tamanho sentimento
À medida que outrora vás
Embora, caminhaste a terno arrependimento,
Assim, ó belíssima flor!
Estás seca em vale abundante
A que outrora externava viveza e postura
Não obstante,
Caída em meio às relvas, torna-se obscura,
Assim, em que circunstâncias sois
Capazes de sustentar?
O que em plena aurora dispôs
Tão cedo a lastimar?
Indubitavelmente,
Deveria eu ser capaz de desconfiar
Da maneira que se propôs fielmente
À cumplicidade que outrora buscávamos edificar
Assim, ó belíssima flor!
Adubo se torna a estes verdes campos
Que com o desprazer de sua perda, nutri,
Aquele, que por sua vez,
Outrora se encontrava em prantos
Achastes mesmo
Que para sempre estaria aqui?
Logo eu, que a esmo,
Sempre demonstrou amor por ti?
Pois, em busca de cura,
Com tristeza parto
Onde, em meu coração, por plena injúria,
Jaz seu perfil enterrado
Assim, ó belíssima flor!
Por meio deste me despeço
Da imagem que outrora foste
A progenitora do mais lindo gesto
Dessa forma afirmo que hoje,
Nasce uma glicínia em teu leito
Que de seu sacrifício fará o bom proveito
E no futuro, quando curada,
Florescerá na mais linda primavera
Ao menos, esperançoso, é este o destino que se espera...
(HEITOR CASTRO, 2020)
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